A Construção da Ordem: A Elite Política Imperial é parte de um estudo maior sobre a formação do Estado brasileiro no século XIX. Diverge de algumas interpretações sobre a natureza e o papel da elite e sugere concepção alternativa.
O argumento básico gira em torno da ideia de que em países de revolução burguesa retardada, particularmente nos de origem colonial, bem como nos de revolução socialista, o impacto das elites políticas na formação do Estado tende a ser potencialmente maior, dada a ausência de uma classe dominante coesa a nível nacional. No caso brasileiro, em relação à homogeneidade de elite, destacamos entre outras algumas características como: pequena incidência de conflitos intra-elite, a unidade política e a manutenção de uma ordem civil estável.
Em contrapartida, e como consequência, a elite contribuiu também para tornar mais sólida a estrutura de dominação baseada na ordem escravista e inaugurou no país o padrão de reformismo autoritário ainda tão presente nos dias de hoje. Examina-se mais a fundo a relação entre a elite e os diversos setores da classe dominante em torno de problemas centrais como escravidão e a posse de terra.